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Torcer o nariz pra coaching - ou esteja próximo de quem te faz bem

Essa semana tive uma sessão de coaching que foi melhor que terapia. No caso, o meu coach é um ex-chefe e também amigo muito querido, lá do Japão. Eu já havia feito um curso de coaching pago pela empresa antes; e também já havia recebido coaching de uma pessoa com quem trabalho que confio muito, é extremamente habilidosa e profissional. (E sim, mesmo com um pouco de background -bastante positivo por sinal- ainda desconfio de quem se denomina "coach" e das promessas de quem "vende" a prática).

Bem, ele começou a sessão pedindo para que eu trouxesse um tema, que poderia ser um desafio, uma angústia, um problema ou uma reflexão, por exemplo. Eu disse sobre a minha falta de motivação no trabalho, que tem me afetado bastante nos últimos tempos. Acontece que estou em um período de transições (nem lá nem cá, tanto em termos de presença física/remota quanto em termos de posição/escopo) e isso tem me exigido grande força interior para ser proativa nas entregas e me gerado alguns questionamentos sobre a minha própria capacidade.

Inesperadamente, depois dessa e de outras perguntas interessantes, a sessão foi se desdobrando, calmamente, como mágica e cura. Me vi imersa em uma conversa muito sincera e sensível. Senti vontade de chorar ao perceber que ali, naquela vídeo-ligação, resgatava muitas das minhas fortalezas, como se estivesse desempoeirando um item importante e valioso que havia esquecido que existia dentro da minha própria casa. E do qual sentia falta.

Creio que ter um amigo como coach, que te conhece e que tem a vontade genuína de ajudar, é um grande diferencial. Gradualmente entendo, não sem tristeza, que em muitas situações o nosso apagamento será conveniente para a insegurança de alguns; ou gerado simplesmente por toda uma estrutura na qual estejamos inseridos. Mas principalmente que é difícil não desanimar nessas situações, de se perder.

Nesses momentos tentar se isolar ou ficar na inércia parece tentador, pelo menos pra mim, esperando uma salvação divina chegar por um cometa. Mas descobri que o antídoto perfeito é se cercar de quem te faz bem. De quem celebra a sua existência, seu valor e autenticidade. Você tem essas pessoas, e certamente serão elas que vão te ajudar a se lembrar da própria potência. Tenho tentado reconectar com muita gente que gosto e admiro, e tem sido muito especial. Ter o lugar do encontro como cura, e a cura no encontro.

Arte de @lauraberbert